Desde o começo do semestre 2020.1 da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no último dia 19, o estudante de letras, Lucas Viana de Morais, de 26 anos, só conseguiu assistir a uma aula devido à falta de rede Wi-Fi em casa. Assim como ele, outros estudantes que solicitaram o chip de dados móveis, oferecido pelo Governo do Estado, em meio à pandemia do novo coronavírus, ainda estão aguardando o item para dar continuidade ao curso.

Segundo o estudante, os pedidos para o chip foram abertos há cerca de um mês e, até então, nenhum foi entregue. “Não possuo rede Wi-Fi em casa e dependo dessa ação da instituição para continuar minha graduação neste semestre. Já estou pensando, inclusive, em trancar, pois já perdi bastante conteúdo”, relata. “Abriram para as solicitações, mas até agora [a Uece] não deu nenhum posicionamento de quando essa entrega vai acontecer. Até lá, quem não tem condições, vai perdendo aula”.

Chips

Conforme nota enviada pela Uece, a ação de aquisição e distribuição de chips com dados móveis é destinada a estudantes das três universidades estaduais (UVA, UECE e URCA), coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (SECITECE) e Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE), “em caráter excepcional, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19)”.

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Redação

Fonte: Diário do Nordeste

Foto: Natinho Rodrigues