Dia 15 de março está a caminho de ser a segunda Black Friday no Brasil, e a aplicação de uma estratégia de dados é a chave para o aumento das vendas

O comércio está começando 2023 menos otimista: o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 119 pontos em janeiro, uma queda de 1,7% em relação a 2022. A desaceleração da atividade econômica em geral e do varejo em específico no fim do ano passado – especialmente após uma Black Friday morna diante das expectativas, muito por causa da simultaneidade com a Copa do Mundo – fazem do Dia do Consumidor uma data ainda mais relevante para a alavancagem de vendas.

Uma boa notícia é que o dia 15 de março está se consolidando como a segunda grande data para o comércio. De acordo com uma consulta feita pela Zoox Smart Data com 14,7 mil pessoas que conhecem a data comemorativa, 60,97% esperam pelas promoções em março com a mesma expectativa com que aguardam a Black Friday. A consulta foi feita em uma base de clientes via rede de smart wi-fi – solução inteligente de rede sem fio para empresas -, seguindo todas as normas da Lei Geral de Proteção de Dados.

Este é um exemplo do ativo que as companhias que investem em estratégia de dados possuem e que pode ser ativado em uma relação de ganha-ganha. Veja abaixo três maneiras em que a inteligência de dados pode ser utilizada para alavancar os resultados dentro do setor varejista.

Experiência figital com smart wi-fi:

Para o consumidor, essa é uma tecnologia já conhecida e que proporciona uma ótima experiência digital dentro de uma loja física, afinal é um modelo de acesso amplamente difundido e garante a boa conectividade.

Para o lojista, é a coleta simplificada e segura de informações sobre os clientes e seu relacionamento com a loja. Através delas é possível definir as melhores posições de produtos com base em interesses, comunicar aos colaboradores quais itens são os mais desejados – e sobre os quais precisam ter todas as informações de forma facilitada -, prevenir o gerente sobre horários com maior fluxo e que devem ter o pagamento facilitado.

A relação de mútuo benefício nesse caso está na ótima experiência de compra. Afinal, segundo o Relatório Next in Personalization 2021 da McKinsey, 78% dos clientes voltaram a comprar das marcas que ofereceram jornadas positivas, centradas em gostos e valores pessoais.

Ou seja, o consumidor não quer mais encontrar diferenças entre pontos de venda físico, virtual ou lojas em redes sociais. Mais que conversar entre si, os canais devem oferecer o mesmo tratamento imersivo, a mesma experiência de compra e o mesmo relacionamento individualizado.

Oferta de novos produtos e Data Science:

A fidelização do cliente também passa por uma sólida estratégia de dados: segundo a 10ª edição do estudo Future Consumer Index (FCI), da Ernst & Young-Parthenon, 71% dos brasileiros estão dispostos a fornecer dados pessoais para receber promoções personalizadas.

Dados coletados por meio de pesquisas, redes sociais proprietárias das marcas, campanhas de marketing, lojas virtuais e site são os mais valiosos, uma vez que são confiáveis e precisos. Mas não basta coletar os dados. É necessário colocar o cliente no centro da estratégia, fazer um cruzamento de todas as informações online e offline.

O caminho será ainda mais suave quando, através de algoritmos e modelos preditivos, essas informaçẽos forem combinadas com outras, como dados demográficos, hábitos de consumo e preferências. Com esse conhecimento é possível criar uma conexão poderosa com o consumidor, entender sua real necessidade e estabelecer um relacionamento de valor.

Analytics para as tomadas de decisão

O uso da tecnologia para aumentar as vantagens competitivas no varejo foi bastante reconhecido nos últimos dois anos, principalmente pelo crescimento do e-commerce.  De acordo com a 4ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 87% das empresas afirmam ter ações de transformação digital de seus negócios, sendo que 44% delas investiram mais de 1% do faturamento bruto em 2022.

No entanto, o estudo indica, ainda, que a maior parte do aporte foi feito em soluções para meios de pagamento e logística, deixando a análise de dados online no 5º lugar da lista de prioridades e a análise de dados offline, no 7º.

Claro que um checkout tranquilo e uma entrega rápida são questões sensíveis para o consumidor, mas as decisões desses dois universos podem ser mais assertivas se baseadas em um bom modelo de analytics – em vez de investir no que a concorrência implementou, centrar esforços no que o cliente precisa.

Indo além: em lojas físicas, um modelo geolocalizado pode gerar insights importantes sobre os locais com maior potencial de vendas, precificação por região e planos de expansão mais precisos.

A estratégia data-driven passa por todos os níveis do varejo e, quando é centrada na resolução de problemas do consumidor, torna toda a jornada mais descomplicada e eficiente. Para o cliente, é uma experiência cativante. Para o lojista, é o retorno do investimento em vendas.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Da Redação

Fonte: Portal | Mercado & Consumo

Foto: Reprodução