De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é líder mundial em registros de raios com uma média de 77,8 milhões de raios por ano. Segundo o Instituto, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, menor que 1 para 1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver em área descampada embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até mil vezes (chegando a 1 para mil).
De 2000 a 2017, data mais recente analisada pelo grupo, 2.044 pessoas morreram no País em decorrência de descargas elétricas naturais. O número resulta em cerca de 300 mortes desse tipo por ano. O estudo do Elat concluiu ainda que 43% das mortes acontecem durante o verão e que duas a cada três mortes ocorrem ao ar livre. Recomenda-se evitar praias durante tempestades, pois o risco de raio é maior.
Em geral, as mortes e os ferimentos provocados por raios não ocorrem em situações em que as pessoas são atingidas diretamente, e sim pelos efeitos indiretos das descargas elétricas. A corrente do raio pode causar queimaduras e a maioria das mortes é causada por parada cardíaca e respiratória.
Durante as tempestades de verão, o ideal é procurar abrigo em:
- Veículos fechados, desde que não se encoste à lataria até a tempestade passar
- Casas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios
- Metrôs e túneis subterrâneos.
O Inpe aconselha ainda que as seguintes situações sejam evitadas:
- Praticar atividades de agropecuária ao ar livre
- Ficar ao lado de veículos ou andar de bicicleta e moto
- Permanecer em campo aberto, como gramados esportivos e praias, embaixo de árvores ou perto de cercas
- Tocar em objetos condutores de eletricidade (telefones fixos com fio, celulares conectados a carregadores ou objetos metálicos grandes)
- Acolher-se em um abrigo aberto, como deques, sacadas, toldos e varandas.
Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins
Fonte: Jornal O povo
Foto: Henrique Araújo/Especial para O POVO